Do Nilo para a Eternidade
Arte das civilizações antigas - Egito Antigo
O Nilo, em suas águas geraram condições necessárias para a introdução e expansão das primeiras cidades na região, juntamente com os rios Tigres, Jordão, Eufrates, em uma faixa de terra que estende do norte da África ate o golfo Persico - A Crescente fértil - Entre as areias desérticas, surgiram verdadeiros Oasis, propiciando a prática agrícola e a criação de animais, e o surgimento de uma das maiores civilizações da antiguidade que deixou uma produção cultural riquíssima, o Antigo Egito.
Dentre os aspectos culturais mais importante temos a religião sendo um dos alicerces do antigo império, pois os orientavam e tinha forte presença no cotidiano dos egípcios, acreditavam em diversas deidades, dando mais importância ao pós vida que a vida terrena, com promessa de felicidades póstumas realizavam diversos ritos para obter essa garantia.
A arte e um reflexo dessa visão religiosa, fazendo representações em túmulos, vasos, esculturas, entre outros objetos, deixados juntamente aos mortos, muitas figuras retratando hidrógrafos, deuses, e outros aspectos culturais, além os egípcios tinham uma escrita muito bem escriturada, nos fazendo ter informações detalhadas sobre sua cultura.
Com um olhar subjetivo, a arte que "adorna" os túmulos e sepulcros, deveria ser vista apenas pela alma dos mortos, assim as obras não tinham como finalidade "deleitar" os vivos, as pinturas e modelos encontrados juntamente aos sarcófagos, tinham a ideia de fornecer servos para alma no outro mundo, uma crença encontrada em muitas culturas antigas.
Desde o inicio do III milênio a.C. o primeiro faraó, Menés, unificou a politica de diversas comunidades às margens do Nilo - chamados nomos - dando origem ao antigo Egito. Dessa época, houveram 31 dinastias, organizada em três grandes períodos: O Antigo Império (entre 3.150 a.C e 2.400 a.C.), o Médio Império (entre 2.040 a.C. e 1.580 a.C.) & Novo Império ( entre 1.580 a.C. e 1.085 a.C.).
Arquitetura Egípcia
Dadiva do Nilo,
a arquitetura Egípcia é composta por monumentos funerários, edificações religiosas, moradias, tendo como características: Dimensões grandiosas, simplicidade na forma, aspecto maciço e pesado, predominância das superfícies sobre o vazio e policromia.
Por conta da intensidade religiosa, a arquitetura egípcia apresenta grandiosas obras mortuárias, dedicado a divindades, abrigavam os restos mortais dos faraós, belíssimas edificações; Os monumentos mortuários são divididos em: mastabas, pirâmides e hipogeus.
As mastabas, são túmulos de base retangular e formato trapézio, feito de tijolos e blocos de pedra, no seu interior haviam templos ou capelas funerárias, onde repousava o sarcófago.
As pirâmides significavam para os antigos egípcios simbolicamente a ascensão, alinhada com o sol e as estrelas, a passagem do faraó falecido para o pós vida, outras interpretações descrevem-nas como a representação da "primeira Terra", que emergiu das águas primordiais. No ocidente, a pirâmide simboliza a combinação do quadrado e do triangulo, ligada a representação de poder da vida sobre a morte.
A primeira pirâmide foi construída por um arquiteto chamado Inhotep, a pedido do faraó Zozer. Ele sobrepôs cinco mastabas, criando a pirâmide de Sacara, com aproximadamente sessenta metros de altura, na planície de Gizé.
As pirâmides de Gizé, por ordem dos faraós Quéops, Quéfren, e Miquelinos, do Antigo Império, foram construídas três imensas pirâmides, no deserto de Gizé, para abrigar seus restos mortais, ao redor
das pirâmides haviam dois templos. A maior delas Quéops, tem em torno de 146 metros de altura e ocupa uma superfície 54.300 metros quadrados, esse monumento revela a maestria dos egípcios com construções.
Todo vale (onde estão situados as três pirâmides) e a Necrópole de Gisé, foram consideradas um Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco, desde 1979, porém apenas pirâmide de Quéops era considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e única delas a continuar de pé, sendo um dos locais com maior visitação do mundo.
Os hipogeus, são túmulos escavados na rocha, contendo diversas galerias, corredores adornados e salas mobiliadas e a câmara sepulcral.
A Grande Esfinge
Localizada próximo ao conjunto das pirâmides de Gizé, sendo a maior e mais famosa, a Sesheps, as margens oestes do Nilo simboliza o poder do sol, soberania para os antigos egípcios, funcionava como um guardiã dos túmulos e estradas sagradas que guiariam os faraós na pôs vida.
A Esfinge e retratada como uma criatura mítica com corpo de leão, com a cabeça humana, falcão ou gato, a esfinge que guarda a pirâmide Quéfren, possui os traços do antigo monarca, algumas teorias tentam afirmar, no entanto, que a esfinge foi construída muito antes desse período. A esfinge mais antiga conhecida foi encontrada perto de Gobekli Tepe, em Nevali Cori, Turquia, datada de 9.500 a.C.
Ela também e pertencente a outras culturas, tais quais, a grega, hitita, assíria e fenícia, a arte decorativa europeia, a esfinge teve um grande ressurgimento durante o Renascimento, as esfinges são masculinas, mas por vezes são representada como uma figura feminina, cruel e enigmática, essa natureza e retrata em obras de arte dos séculos XIX para XX.
Os maiores monumentos religiosos são os templos de Lúxor e Carnac, próximos a cidade de Tebas, na frente dos há corredores de esfinges.
As Colunas Egípcias
Os arquitetos egípcios criaram diversas formas e formatos para coluna de suas estruturas, sendo formadas com uma base, suporte inferior, fuste (corpo da coluna) e o capitel. Criaram quatro tipos de colunas.
As colunas protodórica, não possuem base e o capitel em formato quadrangular, o fuste caneludo, sendo a mais antiga. Um aspecto importante que essas colunas são decoradas por motivos de natureza, a coluna Lotiforme, tendo seu talo formando uma lótus em feixe e geometrimente estetizada, buscando a representação de uma flor de papiro.
Obeliscos para o Sol
Outros civilizações (incluindo cidades modernas) tem esse tipo de monumento com diversos significados entre eles se destacam o Monumento de Washington nos Eua, sendo um dos maiores do mundo, o Obelisco de Luxor, o mais famoso na França, e no Brasil o Obelisco Mausoléu dos Heróis de 32 em São Paulo.
Em adoração ao deus Rá, os antigos egípcios criavam monumentos arquitetônicos como marco de homenagem ao deus sol, representando proteção e defesa, acreditavam que os obeliscos ajudavam a dispersar as energias negativas nas cidades e eventos catastróficos. tais quais tempestades e raios, nas cidades.
O obelisco, no sentido literal, significa pilar ou espeto, do grego antigo, tendo o formato quadrangular e afunilado na parte mais alta, formando uma pequena pirâmide em sua ponta, eram construídos com uma única pedra -Os Monólitos - esculpindo em forma de obeliscos, inseriam em suas laterais hieróglifos.
As Cores do Antigo Egito
Não apenas antiquíssimas relíquias arquitetônicas tomam conta da terra das pirâmides, uma imensidão de cores se mistura com áspides das areias, nos revelando a sua real beleza. A combinação da geométrica e a observação da natureza e são as características de toda arte egípcia, isso se encontra no relevo, das pinturas que adornam os túmulos.
Os pintores do Antigo Império, seguiam algumas métricas em suas pinturas, entre elas, a regra da frontalidade, na qual o tronco e os olhos do retratado deviam ser pintados de frente ao observador, e a cabeça e os pés desenhados a perfil. As pinturas tentavam historiar a vida cotidiana dos egípcios, misturando a irrealidade, nas tonalidades, porém surpreendente detalhes observados na natureza. Esse gama de misturas proporcionou um estilo próprio.
No cerimonial, a pintura era feita em espaços arquitetônicos, relacionado muitas vezes ao culto dos mortos, como o tumulo dos faraós - os sarcófagos - caixões feitos de madeira e folhados a ouro, o que já indicando alguém importante, as muitas camadas serviam para preservar o corpo mumificado para o pós vida
As pinturas retratavam o cotidiano ou atividades que o falecido exercia quando era vivo e que provavelmente queira realizar por toda a eternidade; As cores mais utilizada em suas pinturas eram o preto, branco, vermelho, amarelo, verde e azul; As tonalidades eram carregadas de simbolismos.